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Direitos da Personalidade

  • Thales de Menezes
  • 8 de mai.
  • 3 min de leitura


O Art. 11 do Código Civil estabelece uma regra fundamental sobre os direitos da personalidade. Segundo o dispositivo, esses direitos são intransmissíveis e irrenunciáveis, salvo nos casos expressamente previstos em lei. Além disso, seu exercício não pode sofrer limitação voluntária.

Mas o que isso significa na prática? Por que a lei protege esses direitos de forma tão rigorosa? E quais são as exceções? Neste artigo, vamos explicar detalhadamente cada aspecto desse importante dispositivo legal.

O Que São Direitos da Personalidade?

Os direitos da personalidade são aqueles inerentes à pessoa humana. Eles garantem a proteção da dignidade, da liberdade e da integridade física e moral de cada indivíduo. O Código Civil trata desses direitos nos artigos 11 a 21.

Entre os principais exemplos estão:

  • Direito à vida

  • Direito à integridade física

  • Direito à honra

  • Direito à imagem

  • Direito à privacidade

Esses direitos são considerados absolutos, ou seja, valem contra todos e não podem ser violados sem justa causa.

Por Que os Direitos da Personalidade São Intransmissíveis?

O termo intransmissível significa que esses direitos não podem ser transferidos para outra pessoa. Eles estão vinculados diretamente ao indivíduo e morrem com ele.

Por exemplo, ninguém pode ceder seu direito à vida ou à liberdade para terceiros. Da mesma forma, após a morte, esses direitos não passam para os herdeiros. Alguns aspectos, como o direito à imagem após a morte, são protegidos por lei específica, mas não se confundem com transmissão de direitos.

Por Que São Irrenunciáveis?

A irrenunciabilidade impede que uma pessoa abra mão desses direitos. Isso ocorre porque a lei entende que certas garantias são essenciais para a dignidade humana e não podem ser descartadas por vontade própria.

Imagine alguém que assina um contrato renunciando ao direito à liberdade. Esse acordo seria nulo, pois viola o Art. 11. O mesmo vale para acordos que limitem direitos fundamentais sem amparo legal.

Limitação Voluntária: O Que É Proibido?

O artigo também veda a limitação voluntária no exercício desses direitos. Isso significa que uma pessoa não pode concordar com restrições abusivas, mesmo que aparentemente livre.

Por exemplo, um contrato que proíbe alguém de expressar suas opiniões seria inválido. Da mesma forma, cláusulas que obrigam uma pessoa a submeter-se a condições degradantes não têm validade jurídica.

Quais São as Exceções Previstas em Lei?

Apesar da regra geral, algumas situações permitem certa flexibilização. O próprio texto do Art. 11 menciona que existem exceções previstas em lei.

1. Doação de Órgãos

A Lei nº 9.434/1997 autoriza a disposição do próprio corpo após a morte para fins de transplante. Essa é uma exceção ao princípio da intransmissibilidade.

2. Uso da Imagem para Fins Publicitários

O Art. 20 do Código Civil permite que uma pessoa ceda seu direito de imagem mediante autorização. Contudo, essa cessão pode ser revogada a qualquer momento.

3. Pesquisas Científicas com Seres Humanos

A Constituição Federal e leis específicas permitem a participação voluntária em pesquisas, desde que respeitados critérios éticos.

Consequências Jurídicas da Violação do Art. 11

Qualquer ato que viole esse princípio é considerado nulo. Isso significa que contratos, acordos ou cláusulas que tentem renunciar ou limitar esses direitos não têm validade.

Além disso, quem sofre violação pode buscar reparação por danos morais e materiais. O Código de Processo Civil garante meios para proteger esses direitos judicialmente.

Conclusão: Por Que Essa Proteção É Tão Importante?

O Art. 11 do Código Civil reforça que certos direitos são tão fundamentais que nem mesmo seu titular pode abrir mão deles. Essa proteção evita abusos e garante que a dignidade humana seja respeitada acima de qualquer interesse.

Se você enfrenta situações que envolvem a violação desses direitos, consulte um advogado especializado. Para mais informações sobre temas jurídicos, acesse nosso conteúdo em Notícias Jurídicas.

 
 
 

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