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O que acontece se o pai ou a mãe não pagar a pensão alimentícia?

  • Thales de Menezes
  • 23 de abr.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 24 de abr.


não pagar a pensão alimentícia

A pensão alimentícia é uma obrigação legal que garante o sustento de filhos ou, em alguns casos, de ex-cônjuges, conforme determinado por decisão judicial. Quando o responsável pelo pagamento, seja o pai ou a mãe, deixa de cumprir essa obrigação, diversas consequências legais podem ser desencadeadas. Este artigo aborda detalhadamente o que acontece em casos de não pagamento da pensão alimentícia, os procedimentos judiciais envolvidos e as medidas que podem ser tomadas para assegurar o cumprimento dessa obrigação.


O que é a pensão alimentícia?

A pensão alimentícia é um valor fixado por um juiz para atender às necessidades básicas de uma pessoa, como alimentação, moradia, educação, saúde e lazer. No caso de filhos menores, o objetivo é garantir que eles tenham condições dignas de vida, mesmo após a separação dos pais. A obrigação de pagar a pensão recai sobre aquele que não detém a guarda ou sobre ambos os pais, dependendo da situação financeira e da decisão judicial. O não cumprimento dessa obrigação é tratado com seriedade pelo ordenamento jurídico brasileiro, pois impacta diretamente o bem-estar do beneficiário.


E se o pai não pagar a pensão alimentícia?

Quando o responsável deixa de pagar a pensão alimentícia, o primeiro passo geralmente é a notificação judicial. O devedor é informado sobre o atraso e recebe um prazo para regularizar a situação. Caso o pagamento não seja efetuado, o juiz pode determinar medidas mais severas. A legislação brasileira prevê mecanismos específicos para lidar com essa inadimplência, que vão desde a execução da dívida até sanções mais graves, como a prisão civil.


Execução judicial da dívida de pensão alimentícia

A execução da pensão alimentícia é o procedimento judicial utilizado para cobrar os valores devidos. O beneficiário, representado por seu advogado ou pelo Ministério Público, pode ingressar com uma ação de execução. Nesse processo, o juiz pode determinar a penhora de bens do devedor, como valores em contas bancárias, veículos ou imóveis. Além disso, é possível bloquear cartões de crédito, incluir o nome do devedor em cadastros de inadimplentes, como SPC e Serasa, e até suspender a carteira de motorista ou o passaporte em alguns casos.


Prisão civil por dívida de pensão alimentícia

Uma das medidas mais rigorosas previstas no Código de Processo Civil é a prisão civil do devedor de pensão alimentícia. Essa penalidade se aplica quando o débito abrange até os últimos três meses anteriores ao pedido de execução, além de eventuais parcelas vencidas durante o processo. A prisão pode durar de um a três meses e é cumprida em regime fechado, sem possibilidade de saída temporária. Importante destacar que a prisão não extingue a dívida, ou seja, o devedor continua obrigado a pagar os valores devidos após o cumprimento da pena.


Outras sanções e impactos do não pagamento

Além da prisão e da penhora, o não pagamento da pensão alimentícia pode acarretar outras consequências. O devedor pode ter descontos diretos em seu salário ou rendimentos, caso tenha vínculo empregatício formal. Também há o risco de agravamento da situação financeira devido a juros e correções monetárias aplicados sobre o valor devido. A inadimplência prolongada pode ainda gerar ações criminais, como o crime de abandono material, previsto no Código Penal, quando comprovado que o responsável deixou de prover o sustento do filho intencionalmente.


Como evitar problemas com a pensão alimentícia?

Para evitar as graves consequências do não pagamento, o responsável deve buscar cumprir a obrigação dentro de suas possibilidades financeiras. Caso enfrente dificuldades, como perda de emprego ou redução de renda, é fundamental procurar o Poder Judiciário para solicitar a revisão do valor da pensão. Essa revisão pode ser feita por meio de uma ação revisional, na qual o juiz analisará a nova situação financeira do devedor e do beneficiário. Ignorar a obrigação ou deixar de buscar soluções legais só agrava o problema.


Direitos do beneficiário da pensão alimentícia

O beneficiário, geralmente o filho menor, tem o direito de receber a pensão alimentícia regularmente. Quando há inadimplência, a mãe ou o pai que detém a guarda pode acionar um advogado especializado em direito de família para iniciar o processo de cobrança. É importante reunir provas, como a sentença que fixou a pensão e os comprovantes de não pagamento, para agilizar a execução. O Ministério Público também pode atuar em favor do beneficiário, especialmente em casos que envolvem menores de idade.


A importância de consultar um advogado especializado

Dada a complexidade das questões envolvendo a pensão alimentícia, contar com o apoio de um advogado especialista em direito de família é essencial. Esse profissional poderá orientar tanto o devedor quanto o beneficiário sobre os melhores caminhos legais, seja para cobrar a pensão, seja para negociar ou revisar os valores. Um advogado também ajuda a evitar erros processuais que podem atrasar a resolução do caso.

O não pagamento da pensão alimentícia é uma questão séria que pode gerar impactos financeiros, emocionais e jurídicos para todas as partes envolvidas. Por isso, é fundamental agir com rapidez e responsabilidade, buscando sempre o diálogo e, quando necessário, o respaldo do Poder Judiciário para garantir os direitos do beneficiário e o cumprimento das obrigações legais.



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